segunda-feira, 5 de maio de 2008

Outros Carnavais - 2007

Ficha Técnica
Presidente: Marcelo Camões
Vice-Presidente: Guilherme Brandão
Carnavalescos: José Vieira e Léo Pimenta
Intérprete: Reinaldo Coelho
Enredo: "Pintando o sete"
Classificação: 6° no Grupo de Elite da Virtuafolia com 95 pontos
Prêmios:Prêmio Águia Virtual de Intérprete Revelação
Ibope: 4° lugar com 8,8

SAMBA-ENREDO
Autores: Ricardinho Delezcluze e Arthur Macedo

É sensação... fascina a ciência
É viajar... na própria consciência
São tão belas cores em nossa bandeira
O verde dessas matas, uma paixão certeira
E refletir num lábaro estrelado
O teu azul, poema rebuscado
O ouro de um povo, riquezas mil
Mais bela é a tua cor Oh! Mãe Gentil

Equilibra o ser desde o Egito Antigo
Terapia que no corpo encontrou abrigo

É a irradiação solar
Em cores... as palavras expressar
Em vibrações... a vida a se renovar
O equilíbrio do artista
Tornando radiantes estas linhas
Que o poeta concebeu
Querendo a união dos povos
Trazendo a cor da esperança
Faz dela a cor do cidadão
Tornando o futuro uma criança
Tão deslumbrante quanto o meu Coração
A viagem chega ao fim, eis o meu carnaval
"Vem reviver a alegria virtual"

Amor a alegria se faz
Presente iluminando a vida
Nas cores de um coração de paz
A minha escola contagia a avenida

SINOPSE
"PINTANDO O SETE"

A Corações Unidos se enche de alegria e convida os senhores a viajarem conosco no fantástico mundo das cores. A cor está basicamente ligada no comportamento próprio de um indivíduo. A palavra "cor" é empregada para referir-se à sensação consciente de um observador cuja retina se acha estimulada por energia radiante. A cor se ramifica em duas linhas distintas: a cor-luz e a cor-pigmento. A luz é imprescindível para a percepção da cor, no caso da cor-pigmento, a luz é refletida pelo material, fazendo com que o olho humano perceba esse estímulo como cor.
Os dois extremos das cores são: o branco, luz pura, e o preto, ausência total de luz. Entre os extremos encontramos as cores primárias, secundárias e terciárias, que formam a teoria das cores defendida por Newton. No século XX, a cor "magenta" surge e a teoria de Newton sofre algumas modificações.
As cores são de suma importância, com elas podemos até sintetizar o nosso Brasil. Como? Ora, basta mergulhar na nossa frondosa bandeira. O verde representa as nossas matas, o amarelo representa o nosso ouro, as nossas riquezas e o azul-anil o nosso tão formoso céu estrelado. Salve as cores vivas que fulguram a nossa pátria, mãe gentil!
Podemos estabelecer o equilíbrio e a harmonia do corpo, da mente e das emoções, usando as cores. Entramos no campo da cromoterapia, que vem sendo utilizada pelo homem desde as antigas civilizações, como no Egito antigo, nos templos de luz e cor de Heliópolis, como também na Índia, na Grécia, na China, onde suas aplicações terapêuticas foram comprovadas. A cromoterapia é baseada nas sete cores do espectro solar e cada cor tem uma vibração específica, atuando desde o nível físico até os mais sutis. Cada parte do nosso corpo esta estritamente relacionada com as cores do espectro, portanto, dependendo da moléstia, necessitamos tratar essa parte com sua cor vibracional correspondente.O ser humano e a natureza necessitam da luz do sol para viverem. Sem luz não há vida e dessa maneira, o homem e a natureza recebem a luz solar e esta se decompõe em sete raios principais que são distribuídos por todos os nossos corpos, físico e energético. Se houver desequilíbrio dessas cores, as doenças refletem-se no nosso corpo físico e adoecemos.
"Sim, porque traços bonitos
Em poemas escritos
É aquilo que o artista faz
Na tela ou no papel,
A lápis ou a pastel.
Traças o arco-íris do azul ao lilás!"
Com esse fragmento daremos uma parada no vasto universo das palavras. Mas o que estamos fazendo no universo das palavras? Talvez, algumas delas solucione este mistério: sol, céu, paixão. Essas palavras nos remetem a cores, respectivamente: amarelo, azul, vermelho. Então as palavras têm cores? Interessante, as palavras possuem cores, são pintadas.
As cores pelo visto estão por toda a parte. Infelizmente, elas também se apresentam de forma negativa. Qual a cor do seu preconceito? Pode ser de várias cores, desde a ausência da luz, até a união das sete cores formadoras do arco-íris. Essa história vem de outrora, nos tempos em que a realeza nem sonhava em ter sangue vermelho.
Depois desse papo pesado, eu quero mais é pintar o sete por aí, relembrar a minha infância. E diante dessa aquarela eleger a cor da minha infância. Qual a cor da sua infância?"Numa folha qualquer eu desenho um sol amareloE com cinco ou seis retas é fácil fazer um casteloCorro o lápis em torno da mão e me dou uma luvaE se faço chover com dois riscos tenho um guarda-chuvaSe um pinguinho de tinta cai num pedacinho azul do papelNum instante imagino uma linda gaivota a voar no céuVai voando contornandoA imensa curva norte sulVou com ela viajandoHavaí, Pequim ou IstambulPinto um barco a vela branco navegandoé tanto céu e mar num beijo azulEntre as nuvens vem surgindoUm lindo avião rosa e grenáTudo em volta colorindoCom suas luzes a piscarBasta imaginar e ele está partindoSereno indoE se a gente quiserEle vai pousar
Numa folha qualquer eu desenho um navio de partidaCom alguns bons amigos, bebendo de bem com a vidaDe uma América à outra consigo passar num segundoGiro um simples compasso e num círculo eu faço o mundoUm menino caminha e caminhando chega no muroE ali logo em frente a esperar pela gente o futuro estáE o futuro é uma astronaveQue tentamos pilotarNão tem tempo nem piedadeNem tem hora de chegarSem pedir licença muda nossa vidaE depois convida a rir ou chorarNessa estrada não nos cabeConhecer ou ver o que viráO fim dela ninguém sabeBem ao certo onde vai darVamos todos numa linda passarelaDe uma aquarela que um dia enfimDescoloriráNuma folha qualquer eu desenho um sol amareloQue descoloriráE se faco chover com dois riscos tenho um guarda-chuvaQue descoloriráGiro um simples compasso e num círculo eu faço o mundoQue descolorirá"
A nossa viagem pela magia das cores vai chegando ao fim, as cores voando se despedem e a luz, que nos acompanhou durante toda a nossa viagem, permitindo-nos visualizar as cores em diferentes maneiras, vai se ausentando.
FOI BOM VIAJAR COM VOCÊS, ATÉ A PRÓXIMA.
José Vieira e Léo Pimenta.

NOTAS E JUSTIFICATIVAS DOS JURADOS

Alegorias e Andereços
ALEX DE OLIVEIRA - 10"Itens positivos: Arquitetura com volumetria diferenciada, vários planos, volumes assimétricos e alturasEfeitos especiais e movimentosParticipação das composiçõesObs: Caso pudesse... Bonificar escola com 0,5 pontos. Apesar da representação gráfica não ser a melhor, o julgamento também é pela explanação. "
EDUARDO CAMPOS - 8,5"A escola apresentou um enredo que deveria ser de fácil leitura e ter como principal apelo o impacto visual, mas que acabou não sendo devidamente traduzido nas alegorias. Os efeitos descritos no roteiro não representam absolutamente nada, uma vez que foram planejados para um Carnaval Real, e não virtual. Por exemplo, o jogo de luzes e os malabarismos da intrépida trupe no primeiro carro aparecem para o espectador como um conjunto de tubos entrelaçados, com coloração de gosto duvidoso (o que é imperdoável em um enredo que foca a magia das cores) e dois bonequinhos agarrados, causando um impacto visual muito aquém do que pede o enredo e dos padrões do grupo.
A segunda alegoria, do mergulho nacional, padece do mesmo problema e dispensa maiores comentários. A idéia das alegorias 3 e 4 é muito boa, e a leitura é clara, no entanto a desproporcionalidade do tamanho dos respectivos destaques ofusca um pouco o seu brilho. Este problema de desproporcionalidade foi recorrente no desfile da escola. A quinta alegoria é apresentada de lado, o que é inadequado, uma vez que a visão do espectador e do julgador é frontal e linear.
Na alegoria 6, a desproporcionalidade do aviãozinho e da composição dão à alegoria um aspecto muito ruim. O significado da última alegoria, que representa as cores sendo “sugadas” é impossível de ser compreendido sem o roteiro em mãos.
Em suma, a qualidade do argumento do enredo e do samba da escola não encontrou correspondência no conjunto alegórico apresentado pela escola."
LÍGIA MARGOTTO"Apresentação simples, porém de fácil leitura, passeando pela teoria a parte lúdica das cores. Parabéns!"

Conjunto
DANIEL REIS - 9,0"A escola fez um desfile muito simples para um enredo muito complexo, por diversas vezes as fantasias e as alegorias eram de difícil leitura e de extrema complexidade e certas vezes era o óbvio. Isso quebrou de certa forma o conjunto. Os carros 4 e 6 prejudicaram o bom conjunto alegórico que a escola vinha mantendo. Além de faltar cores mais vivas no desfile da C.U., as cores estavam foscas demais, nem parecia que o enredo justamente homenageava as cores."
DIEGO NICOLAU - 9,5"Alegorias bem idealizadas, porém algumas não foram tão bem executadas. Fantasias excelentes, porém algumas tiveram leitura complicada. Samba num andamento perfeito, muito bem interpretado. Bateria ousada. No mais um desfile muito bem feito com um colorido excelente como o esperado para um enredo sobre cores."
JULIANA CAMPOS - 9,5"Leitura dificultada nos setores 4 e 7, vez que as alas e alegorias desse setor não retratam de forma clara a significância e inserção destes elementos no enredo e desenvolvimento do desfile."

Enredo
FELIPE FERREIRA - 9,0"O tema é bastante simples e direto, sem muitas ousadias. O desenvolvimento do enredo é errático, não seguindo uma linha clara que oriente o entendimento. A proposta narrativa do enredo é simples e apresenta pouca novidade. A compreensão é clara."
GUILHERME ANDRADE - 8,0"Faltou no desenvolvimento do roteiro de desfile, argumentos consistentes que pontuassem de forma mais completa o significado das fantasias e alegorias e justificassem seus significados dentro do enredo.Acredito que a definição da comissão de frente é controversa em relação ao próprio enredo. Se as cores geram emoções, sensações e lembranças que as pessoas tem sem perceber, como pode a viagem ser consciente?Faltou uma defesa bem pontuada da teoria de Isaac Newton com a “dança das cores” e, portanto, a justificativa do abre-ala.Na ala 02 (Teoria das Cores), aparece um átomo no esplendor da fantasia. Como pode a fantasia ter um átomo, se a primeira teoria atômica surgiu quase oitenta anos depois da morte de Isaac Newton? Tiro ponto por induzir uma compreensão errada de Newton e sua época.O quarto setor poderia ter sido melhor desenvolvido, dando mais exemplos de cores ligadas a palavras.Na ala 21 não existe referência de cor com o argumento da fantasia, o que descaracteriza o setor."
PEDRO MIGÃO - 8,0"Argumento: faltou um pouco de coesão entre os setores. Dentro do desenvolvimento proposto, é adequado. 1,5Desenvolvimento geral: dentro da proposta apresentada, pode ser considerada adequada, mas a meu ver faltou “amarrar” melhor os setores. 1,5Apresentação Seqüencial: adequada. 2,0Criatividade: optou por um tipo de desenvolvimento claramente conservador, no sentido de não agregar soluções novas à compreensão do tema. 1,5Adaptação: sem as legendas, algumas fantasias muito boas e outras nem tanto. Alegorias a contento. 1,5"

Fantasias
CÁSSIA VALADÃO - 8,5"Adorei a ala 18, mas achei as cores pouco vibrantes a partir da ala 15, além de muito semelhantes. Não gostei da fantasia do segundo casal."
GUSTAVO MELO - 9,5"Para um enredo sobre cores, estas se fizeram bem distribuídas nas fantasias. Algumas, entretanto, não apresentaram o mesmo esmero e criatividade quanto às formas. Excesso de alas com resplendores em alguns setores. Vale ressaltar, entretanto, a excelente tradução do enredo, desenvolvido com muita competência no cortejo das alas. Destaque para a fantasia “Uma linda gaivota voar no céu.”"
RAPHAEL KHALEB - 10"Escola apresentou fantasia ricas e be trabalhadas. Está de parabénspelo trabalho dos carnavalescos."

Samba-Enredo
JOÃO ESTEVAM - 9,5"LETRA CONFUSA4,5 L e 5M"
MARCELO IKEDA - 9,0"Apesar das passagens de beleza poética da melodia, o samba possui uma estrutura bastante simplista (o maior exemplo são as repetições do início dos versos com “É...”). Excesso de repetições de vocáculos na letra, algumas vezes em linhas seguidas: cor (vs. 18 e 19), alegria (vs. 23 e 24), e cores (vs 3, 12 e 26). O setor 1 do enredo (a teoria cromática e a parte da ciência) foi pouco explorada pela letra, que em compensação abriu um espaço excessivo para a bandeira brasileira."
VINÍCIUS NATAL - 10"Samba lindo, perfeito em letra e melodia!Parabéns!"

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